A
Primavera é sempre um tempo único e que se revela de variadas formas e em
muitos momentos do nosso dia-a-dia. O pólen, as cores e o cheiro manifestam-se
por onde quer que vamos, seja em casa, na viagem do trabalho para casa ou
escola. Hoje iremos falar da Glicínia, uma trepadeira que também eu tenho no
meu jardim e faz parte da minha infância e do meu imaginário sobre a vivência
dos meus antepassados na década de trinta.
Nesta fotografia é possível ver que, como trepadeira, pode atingir grandes alturas. |
A época de florescimento varia de acordo com o clima e a região onde está estabelecida. Por cá, a glicínia floresce a partir de meados de Março, e atinge o florescimento, na sua forma mais madura, em finais de abril que se manifesta com os seus longos cachos perfumados e cheios de flores. As suas inflorescências são longas, pendulares e carregadas de numerosas flores azuis, róseas, brancas ou roxas. Cá em Portugal, as mais antigas, que se situam em antigas quintas centenárias, possuem mais de cem anos de idade e são roxas. Na casa dos meus bisavós, ainda hoje floresce, de forma abundante, a cor roxa e deixa um rasto de perfume nas proximidades que agrada os vizinhos.
Com interesse para o paisagismo, as glicínias mais frequentes são a Wisteria floribunda, nativa do Japão e a Wisteria sinensis, nativa da China. A espécie chinesa possui inflorescencias mais curtas, no entanto mais numerosas que a espécie japonesa. Os frutos sao vagens compridas e marrons com sementes de 1 cm.
É uma trepadeira volúvel, lenhosa e decídua, possui um florescimento muito decorativo. O crescimento é lento a moderado, chegando a demorar anos para que esta se torne adulta e inicie o seu florescimento. A sua longevidade atinge os 100 anos de idade, podendo haver casos em que este número seja ultrapassado.
A paisagem na qual está incluida, é romântica e é uma das trepadeiras mais bonitas que existe.
É muito adequada para cobrir arcos, pérgulas, portões e caramanchões conferindo um ar romântico e nobre à paisagem. |
Como é uma árvore vigorosa e de grande dispersão, nao é indicada para estruturas frágeis, podendo ser aplicada sobre estruturas rígidas como as românticas pérgulas. |
Também pode ser conduzida como árvore, esta caracteriza-se por um tronco ondulado e tortuoso e uma copa aplainada. |
Quem bem que fica em entradas novas e antigas. |
Possível a decoração de espaços ao ar livre, em pequenos terraços e espaços de convívio, dando um ar natural e fresco. |
Também pode acompanhar as fachadas das casas se conduzida. |
A glicínia é muito usada para o plantio em vasos e formação de bonsai. Esta deve ser cultivada sobre sol pleno, em solo fértil, com muito húmus e poderá fazer-se podas anuais. Precisará de regas regulares, no entanto é resistente caso a água falte, dependendo sempre do clima. Cá, no norte de Portugal, existem Glicínias que não tem a habitual rega, mas aconselha-se a rega com alguma regularidade. «Aprecia o frio, sendo indicada para locais de clima subtropical ou
mediterrâneo. Em regiões quentes pode ser cultivada sem problemas, mas não terá
o mesmo desempenho. Já em regiões de clima temperado, pode sofrer com as geadas
adiantadas durante o período de formação das flores. Vegeta sob a sombra
parcial, mas com florescimentos menores ou ausentes. Cuidado, a glicínia é uma
planta tóxica e deve ficar fora do alcance de crianças pequenas e animais
domésticos. Multiplica-se por estaquia e por sementes.»
Nome científico: Wisteria sp
Nomes populares: Glicínia, Wistéria-chinesa, Wistéria-japonesa
Família: Fabacea
Categoria: Arbustos, Subtropical,Temperado
Origem: Ásia, China, Japão
Altura: 4 metros, poderá alcançar até os 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de vida: Perene